13 de maio de 2011

Rótulos de alimentos poderão ter advertências sobre teor de sódio. Só isso basta?


A Sociedade Brasileira de Cardiologia está realizando desde o ano passado, uma campanha para reduzir o consumo de sal entre o brasileiros, pois, o consumo excessivo do produto tem contribuído com o aumento de número de pacientes que sofrem de hipertensão e com o agravamento da saúde de pacientes já hipertensos.
De acordo com esse órgão, “há um projeto de Lei na Câmara, que torna obrigatória a inserção, em embalagens de alimentos, de frase de alerta quando houver alta quantidade de sal no produto. Segundo o projeto, os alimentos que contiverem teor de sódio igual ou superior a 400 mg por 100g ou por 100 ml de alimento devem apresentar, em sua rotulagem, embalagem, publicidade e propaganda, a seguinte frase: “Este alimento possui quantidade elevada de cloreto de sódio (sal de cozinha)””.
Além disso, a rotulagem nutricional dos alimentos deverá declarar a quantidade de sal por porção do produto e a quantidade correspondente de sódio em destaque ou entre parênteses. (Infelizmente não sou química, mas tenho um mínimo conhecimento do uso do termo sal em química e sei que existem sais de diversas substâncias, portanto, essa informação em rótulos seria mesmo interessante, mas explicar isso a população – sem simplesmente “jogar no rótulo” seria melhor ainda! Eu tenho o hábito de orientar (e ensinar) meus clientes a lerem os rótulos de alimentos e tem muita gente que sempre leu: “Contém glúten” mas não faz a mínima idéia do que seja isso e porque há o alerta).
É importante ressaltar que o sal de cozinha é cloreto de sódio: formado por aproximadamente 39% de sódio e 61% cloro. Portanto, quando lemos em um rótulo de alimento que ele tem valor X de sódio, precisamos multiplicar esse valor por 2,5 para saber quanto há de cloreto de sódio (ou sal de cozinha).
Jamais vou me cansar do meu mantra sagrado: mais importante do que remediar (diminuindo ou excluindo o sódio), precisamos aprender a prevenir (ou pelo menos amenizar os males). Já falei aqui no blog, no post sobre o mineral magnésio http://velmnutri.blogspot.com/search/label/magn%C3%A9sio, a importante contribuição desse magnífico mineral para a saúde do coração. Quais são as fontes de magnésio? Verduras só para começar...
Eu espero, que junto com essa iniciativa de incluir essas informações nos rótulos dos alimentos, venham programas de orientação de leitura dos mesmos, reeducação alimentar entre outros.
Ninguém está aqui para defender a extinção dos alimentos industrializados, só precisamos aprender que eles deveriam ser exceções em nossa alimentação e não regra.
Como eu vi em uma cartilha interessante elaborada pela Secretaria da Saúde intitulada “Mutirão do Coração – Cartilha de Prevenção Cardiovascular”,

“Não é o coração que mata, e sim alguns hábitos que você pratica no dia-a-dia que maltratam sua saúde, sobretudo seu CORAÇÃO.”

Vejam também o livro em pdf da Sanofi Aventis, da série Comida que cuida – Coração. (link na lateral do blog)

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